quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Descanso

Lua do sorriso fino
numa de suas hastes
não caberia um passarinho

Lua que oscila tanto
e vê modificar ao sabor do tempo
cada motivo e cada pranto

Hoje, lua magra
amanhã, roliça
quando uma nuvem passa - espessa -
tudo é tão fugaz que instiga
o movimento mais veloz
a parar

Lua fina que virou meia lua
que esboçou meio-sorriso
que se tornou um ponto de luz
- quase uma estrela -
a se apagar

Lua fina
que foi dormir atrás do morro
enquanto eu
- não mais uma criança -
volto a caminhar

Nenhum comentário:

Postar um comentário