terça-feira, 14 de julho de 2009

Pedindo licença

Quero construir o meu cenário da maneira que quiser.

Se as paredes têm asas, posso até dormir em pé
Se o tempo todo for de músicas
E o silêncio do intervalo,
Farei viradas bruscas
Com dois dedos um estalo

E se da multidão, preferir o eu sozinho
Farei, sim, questão de colocar alguém no caminho
Pois nas curvas largas dessa sinuosa estrada
Não quero ver apenas uma sombra desenhada

Se as janelas forem redondas para o sol se encaixar melhor
Tratarei de abrir as portas para secar todo o suor
E se você quiser inverter todas as etapas desse meu cenário
Peço que entenda que a realidade não mora noutro lugar
Senão no nosso imaginário...

Então, construa o seu invólucro da maneira que quiser!
(E deixe o meu em paz, do jeito que ele é)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Permanência

Bexiga inchada
Coluna cansada

Noite fria

Pessoas sombras
Espaço nulo

Noite fria

Estranhamento...
Contentamento!

Noite fria

Ultimamente
Tenho sido
Minha melhor companhia

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Meu primeiro amor (porque o 2º é a poesia)

Plásticas
as artes

são elásticas

Não se despedaçam
Não morrem

De tecitura firme
Da fruição e do assombro
elas vivem

Plásticas, as artes
Essência e efeitos sublimes

Não abandonam
Não mentem
Não têm dono

Seus criadores - etéreos - também são elásticos
Fundem-se à elas
Plásticas, perduram ávidas por eternidade

Elásticas, vão e voltam, mas nunca partem.


Em 28.05.09

Silêncio

Ego por onde escorro
Ego por onde subo

Ele me disse
Ele me disse tudo

Mostrou-se tal qual pensa que é

Ego porque sou / Ego porque é

"Erro, mas não perdoo erro de mulher"

Ele me disse absurdos
Ele não sabe quem é
Além de Ego
Nada mais se vê (nem com muita fé)

Ele não sabe
Mas sua voz não faz mais eco
No meu ouvido de mulher


Em 28.05.09