Esperando pelo sol
Convulsões de vento
Partículas do tempo
Presas na minha garganta:
– Anda, vida, flui como a lâmina d’água
que, eterna, esculpe pedras
– Anda, vida, não quero ver acumulados limo e mágoas
Estou cansada de esperar pelo sol ou pela sombra
Cansada de medir palavras...
Anda, vida! E me surpreenda no dia em que estiver acordada.
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Incongruências
Tenho todos os motivos para sorrir, mas não respondo dessa maneira
Tenho todos os dedos, aqueles que agarram o que quer que seja
Mas as superfícies andam escorregadias. Quase moles.
Frias, as mãos. Passageiros os toques.
Só, o silêncio, sempre. (Prenúncio da morte?)
Morte da inocência aparente.
Tenho tudo o que me rodeia: os versos, o sol, o tempo, os livros...
Mas só enxergo as poeiras dos momentos já vividos
Eu não era assim. Assim densa, assim dramática.
Poética nuns dias, matemática em outros.
Incongruente, sempre.
Presente em mim, ausente das expectativas todas.
Incongruente?
Talvez, louca.
Tenho todos os dedos, aqueles que agarram o que quer que seja
Mas as superfícies andam escorregadias. Quase moles.
Frias, as mãos. Passageiros os toques.
Só, o silêncio, sempre. (Prenúncio da morte?)
Morte da inocência aparente.
Tenho tudo o que me rodeia: os versos, o sol, o tempo, os livros...
Mas só enxergo as poeiras dos momentos já vividos
Eu não era assim. Assim densa, assim dramática.
Poética nuns dias, matemática em outros.
Incongruente, sempre.
Presente em mim, ausente das expectativas todas.
Incongruente?
Talvez, louca.
Descompasso
Da viola do violeiro
Não sai nota verdadeira
Só sai canção doída, passageira
Ninguém mais quer saber do seu passado
Musicalmente esquecido
Ele pensou: “negação dos inferno!”
Com o peito doído,
respirou forte
O chiado deu para ouvir de longe
Mas o violeiro não excita nem constrange
O violeiro foi esquecido
Ele pensou: “Por que justo comigo?”
E decidiu - como quem aprende a dar o primeiro passo -
Quebrar a viola, a vitrola, os compassos...
Ele pensou: “Do chão não passo.”
E se recuperou vivendo somente
de amor e outros trabalhos
O violeiro nunca mais dedilhou uma nota sequer.
Mal sabe ele o sucesso que fazia em meu ouvido de mulher
Não sai nota verdadeira
Só sai canção doída, passageira
Ninguém mais quer saber do seu passado
Musicalmente esquecido
Ele pensou: “negação dos inferno!”
Com o peito doído,
respirou forte
O chiado deu para ouvir de longe
Mas o violeiro não excita nem constrange
O violeiro foi esquecido
Ele pensou: “Por que justo comigo?”
E decidiu - como quem aprende a dar o primeiro passo -
Quebrar a viola, a vitrola, os compassos...
Ele pensou: “Do chão não passo.”
E se recuperou vivendo somente
de amor e outros trabalhos
O violeiro nunca mais dedilhou uma nota sequer.
Mal sabe ele o sucesso que fazia em meu ouvido de mulher
sábado, 1 de agosto de 2009
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