quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A última virgem

Traz nos lábios força selvagem
desejos acumulados
intocadas carnes

pernas tortas - ansiosas e sós -
faltam abraços, cicatrizes e nós

a menina segue
esperando por aquele que nunca virá

Não existe maciez e delicadeza
que não a machuque
nem força e destreza
que desbote seu batom carmim

Não há como invadi-la...
mesmo que, um dia, ela diga sim!

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