domingo, 21 de dezembro de 2008

Elegia a Augusto, o poeta concreto

Augusto é um angustiado que pela noite segue
A beber palavras
Será como eu?

Mas ele não se engasga

Augusto é um ghostwriter da névoa fina
Ele vê beleza nos olhos
Nos olhos de menina (nos olhos da poesia)

Ele vê uma beleza que a outros assassina
E a beleza que ele vê
Aos poucos me contamina

Augusto é um amigo imaginário
Que ninguém vê, nem mesmo eu
Mas ele deveria ser visto

Colocado num pedestal

Poesias modernosas
Tom semi-angelical

Augusto é um aficionado pela vida:

Vida poética
Estrada desconexa
Poema concreto
Formas e setas,
Muitas setas!

Eu nunca esqueci do Augusto que não conheci.


Em 07 de maio de 2005.

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