As tragédias estão aí
Basta olharmos pelas frestas
Pena que enquanto uns sentem dor
Outros dão festas
Até pode parecer clichê
Todos falam sobre isso!
Mas a contradição humana
Tem um peso aflitivo
E tudo isso pesa muito em mim...
Dói demais ser
Ser humano
E temo contradizer:
Mas sou contraditória!
Sou humana, apegada à memória
Individual e coletiva
Passiva
Queria ajudar mais
Agir, doar...
Mas só consigo lamentar
O fato de ser pouca coisa
Pequena, uma só
Difícil de desmembrar
Mais difícil ainda de somar
Que num dia chora... importa?
E no outro mal acorda e já sorri... hipócrita?
E repito: tudo isso pesa muito!
Falo por mim, mas muitos esquecem
Que o hoje amanhã já será história
Então porque não chorar a glória
E vibrar a perda?!
Se tudo muda, vamos inverter logo todos os valores!
E quem agüentaria?
Quem sorriria num abismo?
E se naquela mesma festa simultânea
Alguém chorasse ao lembrar da dor da perda?
Faria sentido?
“Só sei que nada sei”
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
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Gostei do texto...vou passar a acompanhá-la por aqui.
ResponderExcluirBJ