No escuro lá da frente da casa
As histórias eram todas contadas
A atenção das crianças
Era a luz que faltava
E passavam-se horas e horas
As velas todas acesas
As sombras se confundindo
O riso solto e o assombro
Algumas cantigas e lendas eram repetidas
Mas ninguém ligava
Pareciam desconhecidas
Por ser um outro que as contava
Nas histórias de terror
Sempre emergia um timbre
Ou olhar
Que assustava mais que o anterior
Naqueles tempos era bom viver
Parecia que o futuro era algo distante
Que na verdade nunca viria
Mas veio, frio e veloz
Já não se falta luz onde vivo...
Os adultos se dissiparam, estão a sós
As crianças todas já foram dormir
E a falta que faz aquele escuro que tudo dizia
Onde tudo se via mais pleno e feliz
Toda essa falta dói em mim.
domingo, 9 de outubro de 2011
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Acho que esse texto pode continuar...
ResponderExcluir#ficaadica.
rs.
Mi,adorei essa "Família Distante".Não sabia que vc estava colocando suas poesias aqui.Vou ler todas.Já conheço algumas,vc colocou aquela que vc escreveu sobre Recife,foi em que ano?Parabéns, adoro suas palavras. bjs
ResponderExcluirAdorei Família Distante, me transportou p os tempos em q havia o grande mistério de como será o amanhã, quanto tempo levará p fazermos nossas escolhas ...
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