A semente se abriu em flor
Do caule, um ventre murcho
Da dor, o esplendor
Das pétalas, o crepúsculo
Os dedos curtos e frágeis
Evoluídos em longos gestos
Nobres como móveis paisagens
Certos como antigos navios
Dispersos em suas miragens
As horas - que não são mais do que um verso -
Hesitam
Enquanto palavras choram tristes
Alagadas com música e arte
Encantadas com o que ainda não existe
Se vai, que não seja para perto
Porque existe o longe
E não passe para o universo toda a dor que punge
Se abasteça dela, siga em frente de si, e se alcance
Se vai, seja o caule em riste a iluminar a ponte
Desobedeça a luz!
Se vai, ponha acácias verdes nos pés
E respire suor em vez de ar seco
Na volta, não se esqueça que a hora é o inverso do tempo
Rio de Janeiro, em 05 de outubro de 2007
quarta-feira, 5 de março de 2008
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Obaaaaaaaaaaaa... um blog da michelleee!!
ResponderExcluirbem moça, espero q vc atualize esse daqui. rs
bela poesia... ainda não compreendi mto bem, mas suas palavras soam tão belas...
bons ventos por aqui
bjim