terça-feira, 5 de julho de 2011

A escrita

No limite do improvável, a calma se dissolve em lástima, a lágrima já não sabe que aflige. E enquanto o ser humano é só, ele existe. E quando sente-se só, está triste.

. . .

Não tenho tempo para sentir, não tenho tempo para saber. Não me pergunte nada, não sei responder. Também não me responda, não irei entender. O tempo urge. O vazio surge e continuo sem perceber: por onde andei, onde parei, como me reconhecer? Onde estão meus livros, meus discos, minhas letras borradas, meus amigos? Onde está quem eu era, quem eu sou? E o que será de quem eu serei se hoje nada sei? Estou aflita e perdida. Quem me socorre? A escrita, a escrita! Com ela começo a sentir algo: escuto algum chamado, vislumbro algum abrigo... mesmo que ainda desconhecido. Enfim, ao lado dela posso tentar descansar em paz.

Um comentário:

  1. Desde janeiro esperando por um alento vindo desse blog.
    Mas a espera valeu.

    Continue, por favor. Não deixe a preguiça virar teia!

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