No escuro lá da frente da casa
As histórias eram todas contadas
A atenção das crianças
Era a luz que faltava
E passavam-se horas e horas
As velas todas acesas
As sombras se confundindo
O riso solto e o assombro
Algumas cantigas e lendas eram repetidas
Mas ninguém ligava
Pareciam desconhecidas
Por ser um outro que as contava
Nas histórias de terror
Sempre emergia um timbre
Ou olhar
Que assustava mais que o anterior
Naqueles tempos era bom viver
Parecia que o futuro era algo distante
Que na verdade nunca viria
Mas veio, frio e veloz
Já não se falta luz onde vivo...
Os adultos se dissiparam, estão a sós
As crianças todas já foram dormir
E a falta que faz aquele escuro que tudo dizia
Onde tudo se via mais pleno e feliz
Toda essa falta dói em mim.
domingo, 9 de outubro de 2011
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