É bom saber de si
O que ninguém mais sabe
O que dói, o que vibra, o que arde...
O que alegra, o que comove, o que abate...
É bom saber de si
O que ninguém sabe!
Em 06/04/09
sábado, 30 de maio de 2009
MuDaNçA
Os dias passam, mas não impressionam
Fronte pálida como a de um sonâmbulo
Que ao não ver sua própria sombra
Erra o ângulo, tropeça e cai.
Mas há também tombos macios!
E dentro dos mistérios, assombros
E no interior do vazio, encontros
Em 06/04/09
Fronte pálida como a de um sonâmbulo
Que ao não ver sua própria sombra
Erra o ângulo, tropeça e cai.
Mas há também tombos macios!
E dentro dos mistérios, assombros
E no interior do vazio, encontros
Em 06/04/09
Desespécie
...Perfil enluarado
Céu negro
Quase tudo é escuridão
Só a lua, esse segredo
É ponto sombrio de luz
Na circunspecta imensidão
Daqui não há estrelas concretas
Nem astros, nem cores, nem civilização
A nuvem logo cobre a fronte pálida da lua:
Essa mal encoberta solidão...
Que ora acende, ora apaga
Ora se retrai, se insinua
Daqui não há como enxergar a perfeição terrestre
Não há lógica Inca, nem Maia
Tampouco se mensura a história que se escreve
Daqui, desse ângulo
Tudo mais se parece com um polígono
Um quadrado para ser mais exato
Um atestado para o desespero!
O mundo, que já foi um círculo
De tanto quicar ficou caduco
De tanto girar ficou tonto e mudo
Desgastou-se.
E desse ângulo não há como fugir pelas beiradas
Tudo é dor e destempero!
Dos correntes equívocos
Superlativos erros
Das lentes sujas e descartáveis
- desse mesmo ângulo -
Um novo céu
Agora todo branco...
Em 18/01/08
Céu negro
Quase tudo é escuridão
Só a lua, esse segredo
É ponto sombrio de luz
Na circunspecta imensidão
Daqui não há estrelas concretas
Nem astros, nem cores, nem civilização
A nuvem logo cobre a fronte pálida da lua:
Essa mal encoberta solidão...
Que ora acende, ora apaga
Ora se retrai, se insinua
Daqui não há como enxergar a perfeição terrestre
Não há lógica Inca, nem Maia
Tampouco se mensura a história que se escreve
Daqui, desse ângulo
Tudo mais se parece com um polígono
Um quadrado para ser mais exato
Um atestado para o desespero!
O mundo, que já foi um círculo
De tanto quicar ficou caduco
De tanto girar ficou tonto e mudo
Desgastou-se.
E desse ângulo não há como fugir pelas beiradas
Tudo é dor e destempero!
Dos correntes equívocos
Superlativos erros
Das lentes sujas e descartáveis
- desse mesmo ângulo -
Um novo céu
Agora todo branco...
Em 18/01/08
Despertar em Janeiro
Raios de Atenas!
Vozes seculares
(Seculum, seculorum)
Brios derretidos
Mãos sem frenagem
Oh! Passado, em sonho repasse
Nos alimente e dê coragem
Mas lembre-se de vendar bem os olhos
Com feltros dos mais negros
Que é para não se apagar de vergonha
Que é para não se curvar de medo
Pirâmides do Egito!
Pontes de Israel!
Iluministas, iluminadores, iluminados!
Evoque-mo-los todos
Que é para não pagarmos mais pecados
Sombras do Além
Alguém se agita num mausoléu
É triste, mas a fome que um tem hoje
Daria para alimentar todo o tropel
Suor sagrado de Antígona
Lágrimas de pedra do rei!
De fato, acabou-se a utopia...
ACORDEI.
Vozes seculares
(Seculum, seculorum)
Brios derretidos
Mãos sem frenagem
Oh! Passado, em sonho repasse
Nos alimente e dê coragem
Mas lembre-se de vendar bem os olhos
Com feltros dos mais negros
Que é para não se apagar de vergonha
Que é para não se curvar de medo
Pirâmides do Egito!
Pontes de Israel!
Iluministas, iluminadores, iluminados!
Evoque-mo-los todos
Que é para não pagarmos mais pecados
Sombras do Além
Alguém se agita num mausoléu
É triste, mas a fome que um tem hoje
Daria para alimentar todo o tropel
Suor sagrado de Antígona
Lágrimas de pedra do rei!
De fato, acabou-se a utopia...
ACORDEI.
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Dois dias
A lua estava lá, ontem
Tão bela, tão exatamente redonda
Hoje, desaluou...
Enegreceu o céu
Que não é mais seu
É tão só e cruelmente
Meu
Tão bela, tão exatamente redonda
Hoje, desaluou...
Enegreceu o céu
Que não é mais seu
É tão só e cruelmente
Meu
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Poesia de Flávio Lemos
Cara colega poeta, permita-me uma linha ou duas sobre nós, os incomparáveis
Estranhas criaturas todos sabem, somos loucos busco em mim tu te procuras catamo-nos aos poucos escondemo-nos, arredios cada um em seu canto da estante enquanto mandam homens à lua nosso vôo é mais rasante
Flávio Lemos
Estranhas criaturas todos sabem, somos loucos busco em mim tu te procuras catamo-nos aos poucos escondemo-nos, arredios cada um em seu canto da estante enquanto mandam homens à lua nosso vôo é mais rasante
Flávio Lemos
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Seguro
Sotaque espanhol que reverbera
Da ponta do pé ao seu chapéu dourado
Ir para Espanha
Uma quimera?
Não, tratando-se de ir ao seu lado
Plaza de Cibeles
Passamos um tempo acordados
Lunes por la madrugada
Deito um pouco no seu colo
Depois ponho-me a comer doces
Enquanto você bebe chá amargo
Sotaque espanhol que reverbera pra todo lado...
Da ponta do pé ao seu chapéu dourado
Ir para Espanha
Uma quimera?
Não, tratando-se de ir ao seu lado
Plaza de Cibeles
Passamos um tempo acordados
Lunes por la madrugada
Deito um pouco no seu colo
Depois ponho-me a comer doces
Enquanto você bebe chá amargo
Sotaque espanhol que reverbera pra todo lado...
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