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Não tenho tempo para sentir, não tenho tempo para saber. Não me pergunte nada, não sei responder. Também não me responda, não irei entender. O tempo urge. O vazio surge e continuo sem perceber: por onde andei, onde parei, como me reconhecer? Onde estão meus livros, meus discos, minhas letras borradas, meus amigos? Onde está quem eu era, quem eu sou? E o que será de quem eu serei se hoje nada sei? Estou aflita e perdida. Quem me socorre? A escrita, a escrita! Com ela começo a sentir algo: escuto algum chamado, vislumbro algum abrigo... mesmo que ainda desconhecido. Enfim, ao lado dela posso tentar descansar em paz.